domingo, 26 de abril de 2009

O Clube do Imperador ( Filme)


O filme trata de um drama. Onde um estudante é obrigado pelo pai a ir estudar. O mesmo não está interessado em nada. É contra tudo. O seu poder de sedução perante os colegas é enorme. A rebeldia cativa. Usa o uniforme com desleixo. Quebra regras. Provoca. O professor enfrenta-o.Como docente experimentado, fala com o aluno e com o pai, um velho senador que defende que para subir na vida não se deve olhar a meios. É o vale tudo. Não quer que o professor se empenhe em tornar o filho um "bom rapaz". Mas o professor não desiste e tenta motivá-lo extrinsecamente: empresta-lhe livros pessoais, estabelece metas acessíveis e premeia-o pelas vitórias obtidas.
acessíveis e premeia-o pelas vitórias obtidas.
O aluno vai mudando. Para um concurso em que o vencedor recebia uma coroa de louros como na Roma Imperial, eram seleccionados os três melhores alunos. O rapaz em questão fica em quarto. Mas o professor resolve alterar a classificação e coloca-o na final. No grande dia, em pleno concurso, o aluno copia, mas o professor não o denuncia. Coloca-lhe uma questão impossível de acertar e ele perde. Depois confronta-o com a realidade. Espera que tenha aprendido a lição e não torne a tentar vencer à base de atitudes desonestas. O rapaz que fora preterido, desanimado, segue a sua vida, tal como todos.
O filme dá então um salto de vários anos. O professor fora obrigado a deixar de ser diretor, cargo que alcançara por mérito, para ser substituído por um jovem com novas técnicas de gestão. Mas um dia, quem consegue uma grande soma monetária para a escola é ele próprio. O seu antigo aluno, já casado e pai de filhos, desejava repetir o concurso. Pagava tudo, desde as deslocações aos alojamentos de todos na sua mansão, para além de uma oferta substancial à escola por tudo o que aprendera.
Os velhos amigos reúnem-se novamente. É uma festa mas durante o concurso, o professor repara que o antigo aluno mais uma vez não estava a ser leal. Não o desmascara, mas fá-lo perder. Depois enfrenta-o. É a desilusão. Percebe que tudo aquilo fora para anunciar aos colegas que se candidatava ao lugar de senador do pai e queria assim contar com o apoio deles. Esclarece-lhe que tinha de triunfar à custa de tudo e de todos. No entanto, esta discussão é ouvida pelo seu filho pequeno, que ostensivamente lhe volta as costas. Compreendera tudo apesar da pouca idade.
O professor vai então falar com o rapaz que desclassificara anos atrás. Conta-lhe a verdade e reconhece o erro. O antigo aluno perdoa-lhe. A vida continua.
No início de mais um ano lectivo, entra um aluno novo na sala. O professor pergunta-lhe o nome. Era filho do rapaz que fora preterido, mas que apesar de tudo, via naquele mestre uma honradez e um apreço pela verdade que valia a pena tentar transmitir ao filho, precisamente neste mundo em que se quer vencer a qualquer preço.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Diversidade na escola: mosaico étnico-racial


A partir das atividades que foram desenvolvidas na aula presencial do dia 24/03/2009, em que o Professor Fernando realizou com os alunos do PEAD uma atividade com um espelho. A mesma técnica desenvolvi com meus alunos de quarta série do ensino fundamental, realizei vários questionamentos sobre as diferenças e semelhanças sobre nossa ancestralidade. Pois todos nós temos um conjunto de valores étnicos raciais, agucei para que os alunos pensassem o conjunto de valores pessoais que cada um tem. Perguntei para eles: - Quais as etnias que estudam na escola? Em resposta obtive o que era etnia? Pesquisamos no Laboratório de informática da escola. Voltando para a sala de aula continuei com as interrogações: -O que vocês pesquisaram? Então, o que é etnia? –Quais os diferentes povos que vocês encontraram? -Como este tema afeta cada um de vocês? Como isto faz a diferença? Quais são seus valores pessoais? O que é um valor pessoal? Ouve muitos depoimentos e discussões cheias de riquezas sobre o tema abordado. Falaram dos negros e seus costumes, seu perfil, índios os primeiros habitantes do Brasil e suas características, a influencia do branco, a mistura de raças e como ficaram essas misturas.
Procuramos identificar os traços idênticos que temos como: gênero masculino ou feminino, a cor da pele de cada um dentro da sala, a etnia, as marcas de expressão que cada um tem, os lábios grossos ou finos, olhos castanhos, azuis, verdes, pretos; cabelos pretos, castanhos, loiros, lisos crespos, mãos pequenas, grandes, grossas, finas..., Parecidos com quem da sua família( pai, mãe, vó,vô).
Após esta atividade, juntos planejamos uma atividade para a aula de estudos sociais seguinte. Os alunos deveriam trazer fotografias, desenhos, pinturas, colagens, objetos, recortes de jornal e revista, histórias em quadrinhos, para montar um painel e fazer uma exposição na sala de entrada da escola.
Como meus alunos são meninos e meninas de rua em situação de risco, poucos trouxeram fotos, pois os mesmos vivem em sua maioria em abrigos e não tem fotos de seus antepassados nem deles mesmos. Estes alunos são de maioria vindos do interior do Estado, êxodo rural, aproveitamos para falar deste tema também, e uma minoria nasceu nas vilas pobres de Porto Alegre. A partir desta situação, resolvemos fazer vários painéis. Um com as fotos que os alunos trouxeram, e outros com desenhos, recortes de revistas e jornais. Realizando perguntas como: _ Vamos procurar pessoas parecidas com a gente nessas revistas ou jornais? Iniciei com uma gravura que tinha meus traços físicos, aí os alunos começaram se identificar com outras gravuras. Foi um trabalho bem interessante e rico de informações.
Apenas uma das alunas que gosta de desenhar, realizou um desenho de como ela se via.
Acredito que este trabalho realizado durante três aulas, têm muito a ser explorado. A avaliação este trabalho considero extremamente satisfatório. Percebi que os alunos têm um grande conhecimento de suas origens, e que a diversidade é gigantesca, e imaginaram que se fossemos todos iguais não teria graça nenhuma.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

EU E OS OUTROS


Acredito que muitas vezes as pessoas me vêem de formas diferentes de como imagino. É muito bom nos ver através de outras pessoas, para sabermos de nossos traços positivos ou negativos. Conforme relatos de amigos, conhecidos, colegas de escola, alunos e parentes. Dizem que uma pessoa, de estatura média, de pele morena clara herdada das misturas de raças dos meus ancestrais, fofinha” para não dizer gordinha, vaidosa com meu visual, elogiam meus cabelos ondulados e castanhos claros na maioria das vezes presos. Falam dos meus olhos amendoados e redondos, sorriso largo, minha marca registrada, boca e nariz médios. Falam que meu rosto está dentro dos padrões sociais com geometria.
Dizem que procuro ser: parceira nas propostas, cautelosa com meus compromissos, cuidadosa com o trabalho, batalhadora, que adora enfrentar desafios, que brigo sem medo pelos meus propósitos; trazendo sempre a satisfação, na busca de maneiras novas de dizer o que todos já sabiam e querem ouvir ou muitas vezes discordam para não darem”o braço a torcer”. Falam que sou flexível sem tornar-me volúvel ou "Maria vai com as outras". Tenho coragem de dizer "Sim" ou "Não" no momento oportuno. Falar e também calar. Fazer um balanço entre o que possa ter valor e o que deva ser descartado. Dizem que sou firme em meus objetivos, mesmo que os mesmos recebam inúmeras reprovações por parte de outras pessoas, se eu achar que estou correta cumprido, eu caio em uma estafa enorme, fico triste, perco a fome, dor na cabeça, barriga, me queixo do corpo dolorido...acreditam que é o efeito colateral do enorme esforço que fiz para realizar as tarefas propostas.
As pessoas me vêem através de uma determinada situação pela qual passei, estou ou venha a passar, me analisam, comparam a minha reação com a reação que elas teriam naquele momento ou situação expõe a opinião. Por exemplo:” -Tu não para quieta;- é ativa demais, sossega menina; tu não vai agüentar; nossa com tu agüenta isto?; - Não tem medo de nada mesmo; para ti tudo parece tão fácil; -Parabéns, eu no teu lugar desistiria; - tenta de novo que tu consegue; vai enfrente que tu consegue, é tua característica, não sei como tu consegue manter a calma, se fosse eu já teria... etc...”Falam que tenho o olhar atento para enxergar oportunidades, que sou ponderada em minhas opiniões e decisões, sempre procurando fazer as coisas de diferentes formas usando o equilíbrio entre ambientes, pessoas e situações, facilidade de negociação, respeito diferenças, tolero erros, enfim dizem que sou comprometida com tudo o que faço e faço. Também acredito que sou uma pessoa de forte espírito educacional, possuo capacidade para ensinar e aprender. Valorizo minha experiência e conhecimentos na educação. Como uma profissional dinâmica, ambiciosa, responsável e trabalhadora.

EU “como me vejo”?


Sou Ivete, 56 anos, meu nome, uma homenagem à filha do Presidente da República Getúlio Vargas do qual meu pai era grande admirador. Considero-me bastante feminina, vaidosa sem exageros, possuo a pele morena clara uma mistura por parte de minha mãe branca descendente de pais Italianos; da família Luchini e Rossatto; e por parte de pai, cafuzo, uma mistura de avó índia e avô negro vindo de Portugal, da Família Alves e Pinheiro. Ambos os pais de classe média baixa, trabalhadores braçais em lavouras no Noroeste-Planalto Médio do Estado do Rio Grande do Sul. Meu rosto de forma oval é parte onde transmito todas as expressões que meu corpo quer falar. Os olhos redondos, de cor castanho claro os uso para fixar em uma conversa, a expressão corporal da pessoa com quem se está falando. Cabelos castanhos claros sem possuir um fio de cabelo branco algo raro dentro de minha família, brinco com meus irmãos que nossos pais colocaram a receita fora após eu nascer. Minhas sobrancelhas falam muito por mim, assim como meu nariz de tamanho grande, herdado da minha mãe italiana expressa meus sentimentos através de gestos positivos ou negativos quando o franzo. A boca de tamanho médio e sorriso enorme é minha marca registrada.
Acredito que através das expressões corporais, revelamos coisas interessantes. Como revelamos o que estamos sentindo através de nossa postura. Minha estatura 1,60m, e peso são considerados médios. Uso óculos e tenho coleção dos mesmos. Meus pés são médios, uso sapato de número 37 ou 38, faço coleção dos mesmos, chego comprar dois ou três de cada vez.
Possuo temperamento espiritual, calma, forte, sincera, alegre eterna batalhadora, adora desafios. Considero-me uma camaleoa. Gosto do carinho que as pessoas tem por mim, e as retribuo. Não me considero uma pessoa “grude”. Falo sempre o que penso, nos momentos certos sempre tomando o cuidado de não machucar as pessoas para quem me dirijo. Sei escutar os outros como também gosto que os outros me escutem. Odeio mentiras, acredito ser falta de sinceridade e falta de coragem do ser humano.
Não sou uma pessoa de frescuras ou sentimentalista, nada piegas me agradam. Não costumo guardar ressentimentos com relação a pessoas falsas, mentirosas ou arrogantes. Mas sou uma pessoa que perdoa com o tempo para não ficar com resquícios. Até porque a vida é tão bela e curta, porque não ser feliz?

domingo, 5 de abril de 2009

O dilema do antropólogo francês


DEFENDER a decisão do antropólogo Frances:Claude Lee.
Criar até 03 argumentos JUSTIFICANDO a decisão dele.
Debater entre os participantes do fórum no Rooda, para chegar a argumentos consensuais.
"01)Claude Lee, antropólogo francês, tinha acabado de chegar numa ilha de um arquipélago na Polinésia.
02) Tinha uma missão de pesquisar os hábitos dos nativos que lá habitam.
03) Os costumes dos nativos eram bastante diferentes dos costumes dos franceses, mas ele teve o cuidado de não julgar o modo como estes nativos viviam, porque tal avaliação sempre seria parcial.
04)Procurou não interferir no modo de vida dos habitantes do arquipélago. Mesmo com os nativos acreditando que os mensageiros dos deuses eram homens de pele branca, seres que expressam a vontade absoluta dos deuses – tudo o que disserem deveria ser obedecido.
04) Mente: sim, eu sou o mensageiro dos deuses. Mas então surge uma pergunta ainda mais difícil: todos os homens brancos são mensageiros dos deuses, ou as nossas crenças estão erradas?
05)Claude reflete: se responder positivamente estará deixando os nativos vulneráveis aos seus conterrâneos inescrupulosos que fatalmente descobrirão a ilha. Mesmo assim, responde de acordo com a cultura dos nativos: sim, todos os homens brancos são mensageiros dos deuses.
DEFESA:
Acredito que Claude Lee enquanto ser humano pensou sobre si mesmo e sobre sua relação com \"o outro\", neste caso os nativos do arquipélago na Polinésia. Meditou, em relação aos nativos que acabava de conhecer, a maneira como estes viviam a sua condição humana, como eles cultivavam seus hábitos, normas, características, e como interpretavam os seus mitos no caso de Claude,Deuses brancos\", acredito que procurou se inteirar dos rituais nativos, e a linguagem dos mesmos, evitando interferir no que os nativos pensava, cultuavam.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

EDUCAÇÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS


Mudar é difícil, mas compensa.
A mudança não é simples, é difícil encontrar professores preparados para receber em classe um estudantes com necessidades especiais.
A inclusão é um processo cheio de imprevistos, sem fórmulas prontas e que exige aperfeiçoamento constante.
Do ponto de vista burocrático, cabe ao corpo diretivo buscar orientação e suporte das associações de assistencia e das autoridades médicas e educacionais sempre que a matrícula de um aluno com necessidades especiais é solicitada.
Quanto ao pedagógico, a construção desse modelo implica transformar a escola, no que diz respeito ao currículo, à avaliação e, principalmente, as atitudes.
Não podemos continuar segregando essas crianças em escolas especiais, que oferecem um ensino pouco estimulante.
Quem enfrenta o desafio garante, quando a escola muda de verdade, melhora muito, pois passa a acolher melhor todos os estudantes até os considerados "normais".
Ensinar nossos alunos, desde cedo, a lidar com a diferença e a respeit´-la, é um dos papéis fundamentais da escola.
Somos diferentes, pensamos diferente, agimos diferente e, por isso, é que devemos valorizar a diferença.
Incluir não só na sala de aula, mas no relacionamento que vai além dos muros da escola, este é o verdadeiro exercício para a cidadania.
Acolher com vontade é chave principal para o sucesso.
Basta um gesto carinhoso, um olhar amoroso ou uma palavra amiga para que a inclusão aconteça e, a partir daí a parceria começa.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

APRENDIZAGEM E CONHECIMENTO


Continuo acreditando que, defender as minhas opiniões descritas no segundo semestre/ 2007, estarei cada dia aperfeiçoando meus conhecimentos em conjunto com meus alunos para que haja um processo de ensinar e aprender onde ambos possam aprimorar-se do conhecimento conforme a realidade de cada um. Acredito em uma educação capaz de produzir bons resultados, e que, acima de tudo, forme um ser humano que consiga refletir, capaz de respeitar a si e o outro como um cidadão consciente de seus atos e ações. Que possa entender que a liberdade com responsabilidade só lhe trará benefícios. Acredito que todos os alunos tenham condições de lidar com os limites que a vida lhes impõem para que os mesmos possam sobreviver neste mundo cheio de grandes desafios, onde competição é muito grande e todos acabam por se tornar um concorrente em potencial.
Segundo Becker, temos que recriar sempre, experimentar os conhecimentos que já foram criados e experimentados, descobrir o novo.
“A Educação deve ser um processo de construção de conhecimento ao qual ocorrem, em condição de complementaridade, por um lado, os alunos e professores e, por outro, os problemas sociais atuais e o conhecimento já construído” Fernando Becker