sábado, 24 de novembro de 2007

NAVEGAÇÃO ECOLÓGICA



Navegação Ecológica feita pelos alunos da F2 e professores da escola, no barco do Instituto Martim Pescador, Integrando cultura, lazer e educação. Conhecemos o Lago Guaíba durante 1hora e 30 minutos.Martim Pescador navega no Guaíba. Durante o trajeto, além dos alunos conviverem diretamente com o ecossistema do Lago Guaíba, os estudantes têm a oportunidade de aprendem sobre linguagem náutica, transporte hidroviário e suas relações com o meio ambiente. As navegações são realizadas dentro da parceria do Instituto Martim Pescador com a Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH) e contam com a parceria da Caixa RS e Aracruz Celulose.

O Jogo e a Educação dos Anos Iniciais


É evidente que o aprendizado através da vivência e do jogo dentro da sala de aula e também no horário do recreio ou em educação física, é muito mais efetivo e duradouro, pois as crianças passam a participar ativamente do processo da construção do conhecimento, com mais segurança de que não serão intimidados quando não acertarem alguma tarefa solicitada pelo professor.Quando os alunos vivenciam os Jogos utilizados e realizados em grupos, sem competição, o processo de aprendizagem é potencializado, pois não existindo o temor da exclusão, corpo e mente, ficam livres da tensão gerada pela competição, dedicando-se integralmente ao processo criativo e a participação ativa no aprendizado. A conseqüência desta participação apresenta seus reflexos na significativa queda do índice de violência entre os educandos e na relação educando-educador. Nas brincadeiras dos alunos na escola podemos citar alguns: os mesmos podem pular corda, elástico, amarelinha, jogar peteca, botão e cinco marias, damas, dominó, vareta jogar bola, volei, bolinha de gude. Os alunos tem acesso a um rádio na hora do recreio, onde colocam um rock, forró,funck, ou qualquer outro ritmo escolhido pelos próprios alunos, com direito a coreografias e apresentações. Corrida de saco, boliche e cabo de guerra, corrida do ovo, morder a maçã, responder charadas, acertar ao alvo, são a opção dos que preferem uma boa disputa, na forma de gincana. Para quem não quer suar, a pedida é a área de leitura na Bibliotéca.onde tem acesso aos gibis e historinhas infantis e juvenis, para quem pedir. Por fim, o canto dos jogos tem clássicos do tabuleiro, além de baralho, dominó e outros jogos como o jogo da velha confeccionados por eles.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

VISITA AO SANTANDER CULTURAL E MARGS




A visita ao MARGS e Santander Cultural foi muito interessante, construtiva. Vimos as obras expostas na Bienal de artistas como Öyvind Fahltröm , Francisco Matto e Jorge Macchi. Todas as obras foram significativas , contudo , nada substitui a experiências direta com a obra. Nos mostrou que temos que ensinar o caminho para nossos alunos,é importante levá-los a ter contato, Oportunizar saídas para terem este contato direto, formar a cidadania direta com a obra,refletir sobre as experiências que o autor transcreveu, as suas crenças, seus sentimentos,conflitos,idéias,desejos. Sair de dentro da escola, ir aos espaços públicos culturais,observar com nossos sentimentos e procurar transmitir aos alunos,aguçar sua interpretação,e análise, procurando expor seus sentimentos. Utilizar materiais diversos, refletir sobre os materiais que os autores usaram, principalmente os materiais reciclaveis, como jornais, revistas, colagens sobre papel,serigrafia,bacias, madeiras de construção. Os artístas usaram estes materiais de reciclagem, que é de fácil acesso para trabalhar com nossos alunos. Os artistas procuraram transmitir uma mensagem onde ouvesse uma compreenção e indignação ao mesmo tempo, uma gama de interpretações.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

JUSTIÇA PARA O SÉCULO 21


Trabalho em uma ecola aberta onde atende meninos e meninas de rua em situação de risco, e por este motivo,dia 12/11/2007, participei do Seminário Justiça Restaurativa, para o século 21.Através da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul(AJURIS), o projeto é um conjunto de iniciativas da Justiça da Infância e da juventude que visa a contribuir com as demais Políticas Públicas na pacificação de violências envolvendo crianças e adolescentes em Porto Alegre através da implementação da práticas de Justiça Restaurativa.Formam agentes sociais capazes de difundir os conceitos e implementar suas práticas junto ao sistema de ensino.Atendendo a juventude e comunidade.Valorizando o diálogo e autonomia entre as pessoas, criando oportunidades para os envolvidos(ofensor, vítima, familiares, comunidades) se expressem e participem na construção de ações concretas que possibilitem prevenir a violência e lidar com suas implicações.Foi palestrante:Klaus Reinhold, Juiz da Família de menores da Alemanha, Michel Thiem,Sociólogo de Hamburgo na Alemanha, Jaume Martim Barberam, Juiz da Infância da Catalunha,Espanha.Foi muito interessante saber que outros países também tem os mesmos problemas que o nosso país, violência, crimes, abandono,drogas, e como fazer para superá-los, ou amenizá-los.A batalha é a mesma, somente com bons batalhadores conseguiremos vencer os inúmeros problemas que vivenciamos no nosso cotidiano escolar e comunitário.

Para saber mais:http://www.estado.rs.gov.br/index.php
WWW.justiça21.org.br

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

"O processo Criativo do Conto" Palestra NA ASSEC


Dia 07/11/2007. estive juntamente com meus alunos e toda a escola onde trabalho, na Associação dos Servidores da Secretaria da Educação e Cultura, ASSEC(Rua Caldas Júnior,45-5 andar,no Espaço Cultural Leopoldo Rassier, em uma palestra com o gaúcho contista, premiado em concursos e autor da novela "O sol de agosto", um curta selecinado para a série" Autor do dia", pela ~câmara Riograndense do livro.O mesmo realizou para os alunos da escola e outras presentes, uma palestra " O processo criativo no conto",tendo como público alvo, prpfessores e alunos.Os alunos da escola apresentaram vários números de danças gauchescas para os presentes na palestra.
"A NOITE DO SÁURIO"-Marcel Citro
O livro de contos A Noite do Sáurio, de Marcel Citro. Lançado pela editora Movimento, em 2004, revela uma obra instigante, que confere absoluto prazer para quem a lê. Citro se supera a cada conto, sua literatura cresce a cada nova página. Suas personagens são pessoas do cotidiano, mas sua mistura com o extraordinário, como no conto "O Yeti de Cambará", nos leva para o campo da fantasia, ativa nosso imaginário. Quando temos a impressão de que há uma crise de criatividade
rondando a literatura, torna-se uma grata surpresa o encontro com uma obra escrita com tamanha competência.Torna-se evidente que tudo acima descrito, foi um processo de sensibilidade para que o aluno tome gosto pela leitura, que tenha necessidade de ler, só assim irá adquirir amor pela leitura.

"Por que você ouve tanta porcaria?"


É evidente que os alunos, acompanham o sucesso do Funk,Pagode, com seus remelexos,rebolados, requebras do corpo com gestos não adequados aos bons costumes.
As argumentações são de que a mídia influi muito no consumo destas "porcarias", o corpo de um ser humano exposto na mesma, sendo tratado como objeto, para posterior consumo.Coisas da comunicação capitalista em massa.
Não é a ausência de bons cantores, nem mesmo de um estilo \"axé music\" de qualidade, porque há. Talvez porque seja mais fácil de cantar, talvez por um instinto de auto flagelação ou afirmação da condição de seres cuja única utilidade é a exibição de seus corpos para que algum empressário os veja e os contrate, surgindo assim quem sabe um futuro de sucesso e muito dinheiro, como temos por exemplo as modelos, e a maneira de como elas galgam o sucesso.
Como se não bastassem as porcarias consumidas no carnaval, agora ainda importamos porcarias de outros estados. Se pudéssemos transcrever nossa geração de adolescentes por seus gostos musicais, teriamos \"atoladinhas\", \"piriguetes\" e \"putões\" inertes que frequentam bastantes shows, mas deixam vazias bibliotecas. E assim traduzimos também a inércia da juventude ,que conhece as falcatruas de seus governantes mas pouco encoraja-se a agir como agiamos nos anos 60 e 70.
Mas gosto musical não define estereótipos...ou pelo menos não deveria. Podem existir exceções, que frequentam bailes funk e entendem o valor de ler jornais, saber o que acontece no país e protestar por melhores condições de vida, afinal, Gil, Caetano, Chico Buarque, Raul Seixas, eram todos jovens quando usaram a música como forma de protesto, sem contar inúmeras manifestações das décadas de 60 e 70, todas com a grande maioria de jovens. O que eu espero é que essas exceções comecem a aparecer, porque à medida que avançam os anos, menos pessoas se manifestam contra injustiças, menos jovens se interessam pelo contexto político caótico do país e mais pessoas vão aos shows de Psirico e cantam que estão \"atoladinhos\" com Tati Quebra Barraco.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

VISITA A FEIRA LIVRO


Dia 06/11/2007, vistei a feira do livro. Meus alunos aproveitaram o máximo, folhearam vários livros, identificando alguns já trabalhados em sala. Adquiriram alguns exemplares que irão ser trabalhados futuramente em sala. O passeio pelo mundo da literatura foi maravilhoso.Garimpamos livros com assuntos do que está acontecendo com nosso mundo atual.Como: Preservar o planeta.Visitamos o Túnel do Grenpeac,onde os alunos ficaram impressionados com a destruição do planeta pelo homem. É necessário ler, e ter amor pela leitura. Só assim formaremos futuros leitores.

sábado, 3 de novembro de 2007

Inventário Criativo - Teatro NA Escola


Inventário Criativo

Planejamento após a aula presencial no pólo.
Com alunos na faixa etária de 10 a 14 anos, planejei e selecionei estes exercícios, para desenvolver em sala de aula, aproveitando para inserir no trabalho outras brincadeiras que já conhecia, como:
-Estátua,
-meia lua,
-álbum de família,
-caminhar com obstáculos, dificuldades,
-mãos na cabeça, para cima, do lado esquerdo, direito, para trás,
-bater palmas,
-mímicas,

OBJETIVOS:
Integrar o aluno, desenvolvendo a expressão corporal, e expressão de seus sentimentos.
Objetivos específicos das atividades:

01)Promover a imaginação, a expressão corporal, à criatividade, o envolvimento com a atividade, a espontaneidade, a atenção, o acatar das regras e a inter-relação entre a turma.

02) Caminhar,trabalhar com os alunos a exploração do espaço, do corpo e dos movimentos ,de várias maneiras, cuidar do colega respeitando seu espaço, colocar a mão na cabeça, pular, gatinhar, caminhar com o calcanhar, na ponta dos pés, ..
..
03)Dividir os alunos em seis grupos; todos caminham se deslocando as diferentes direções pela sala de aula, e para a um sinal do professor. Procurando desenvolver a atenção, nos sons que a professora mencionar:ex: fazer o ruído de um carro. Continua o grupo que for estabelecido pelo professor. Mostrar com gestos, uma foto de um álbum de família..

04)Improvisar, dramatizar as situações do cotidiano do aluno através da técnica proposta das fotos e da narração das cenas que forem compondo.

05).Cada grupo deverá escolher um tema, um assunto, ou um acontecimento, que ocorra num tempo muito curto, e contar para a platéia, através de 3 fotos ,quadros, foram apresentados, fatos do cotidiano dos alunos, como por exemplo: jogo de futebol, vôlei, pulando corda, sapata, jogando bolinha de gude, almoçando,batizado, casamento, morte,batidas policiais( fotos da vida diária do aluno)...

Desenvolvimento

Dentro da sala de aula, trabalho com alunos da quarta série, na faixa etária entre os 10 a 14 anos, são meninos e meninas de rua em situação de risco, portanto é um trabalho diferente das escolas tradicionais, onde trabalhamos mais a ludicidade através das oficinas, e praticamente um trabalho individualizado para cada aluno, mas em um conjunto de 15 alunos no máximo em cada sala de aula, isto devido a situações em que chegam na escola, descriminados por uma sociedade inteira, e encontram nesta mesma escola quase como o último refúgio para a solução em partes de seus inúmeros problemas.
Procurei aplicar os exercícios dados na aula presencial, adaptando-os conforme a realidade do grupo de alunos. Caminhamos pelo espaço da sala de aula. orientei que todos os espaços deveriam estar ocupados. Ao sinal da professora através de palmas os alunos deveriam se deslocar ou atender as ordens.Como por exemplo:Caminhar de olhos fechados, na ponta dos pés, calcanhares, nas bordas dos pés, braços para cima, para baixo, para o lado, para trás, agachados, de costa um para o outro caminhando de lado para trá e para frente,etc...
Os alunos adoraram os exercícios, não houve dificuldades de aceitação. Alguns alunos riram tanto, que foi necessário a intervenção da professora, mas não chegou ser uma dificuldade, apenas uma aula lúdica que estavam presenciando e interagindo. Na hora de realizar o álbum de família também surgiu a necessidade de uma explicação mais detalhada por parte da professora, mas sem muitas dificuldades como relatei acima.

Obtive bons resultados A aula foi muito considerada muito positiva.Não atingi o máximo porque meus alunos são imprevisíveis( como já relatei em meus trabalhos, atendo meninos e meninas de rua em situação de risco).. Muitas vezes colaboram outras não. Os mesmos chegam a escola com uma carga muito grande, cobrança de toda uma sociedade. Muitas vezes tenho que mudar totalmente os planejamentos do dia e partir para outro trabalho lúdico, que atenda os desejos destes alunos,diferenciados, por um sistema que deixa muito a desejar


01) De que forma você propôs as atividades?
A proposta das atividades foi através de uma combinação, proposta, estimulando uma brincadeira organizada de forma alegre e espontânea. A professora comandava palavras de ordens, e os alunos executariam o mesmo com criatividade,desenvolvendo a imaginação e a fantasia, proporcionando horas agradáveis de recreação educativa.

02) Como os alunos reagiram?
No começo, não queriam participar achando que era coisa de criança de pré- escola. Como falei antes meus alunos são crianças de rua com uma experiência de vida muito grande e amarga. Mas aos poucos foram se integrando ao grupo , sentindo-se à vontade, sem inibição. Começaram com algumas brincadeiras , gestos, muitas risadas, e aos poucos foram se concentrando no trabalho que lhes foi proposto que era fazer uma foto de um álbum de família

03) Quais foram às dificuldades?
Um pequeno tumulto, com muitas conversas, risadas, e alunos realizando brincadeiras, outros querendo mostrar como seria, querendo adivinhar a proposta, que não eram as que a professora tinha proposto, atrapalharam por alguns instantes o início das atividades. Mas enfim após muito diálogo conseguimos entrar em um acordo. Não era concurso ou competição de quem conseguia realizar a melhor foto e sim uma atividade onde poderia extravasar a sua criatividade. Eles adoraram criar cenas de fotos. Chegamos à um resultado satisfatório.

05) A que resultados você chegou com os alunos?
O trabalho sugerido foi muito satisfatório, permitiu um melhor entrosamento das crianças com a professora, pois o envolvimento foi de tal maneira diante dos exercícios das fotos, que tive a oportunidade de conhecer a forma de socialização de meus alunos, e com isto trabalhar muito a maneira do mesmo se sentir a vontade, sem inibições, aumentando a observação e atenção da criança, desenvolvendo sua inteligência e a memória, fazer com que organize suas idéias e pensamentos, desenvolver a linguagem oral, aumentando seu vocabulário, favorecendo o diálogo, enriquecer experiências através de atividades como estas e outras que serão propostas.


06) Quais dúvidas surgiram durante o processo?
No início tive um pouco de receio de não controlar a ordem na sala de aula, meus alunos são muito agressivos por motivos de alguns viverem nas ruas, abrigos ou serem agredidos moral , físico, por seus familiares ou sociedade. Outros alunos, cumprem medidas sócio- educativas. Alguns deles, foram ou estão presos na FASE, com problemas de conduta, prática de delitos. drogas, e abandono. Vivem diariamente, esta avalanche de problemas. Mas enfim como relatei nas perguntas acima, o trabalho foi satisfatório.No começo das atividades sempre surgem muitas dúvidas se o trabalho irá ou não atingir o objetivo proposto. Mas após muito diálogo, chegamos a um acordo onde todos saem ganhando com a proposta. Uma construção conjunta, aluno e professor na educação como um direto de todos.



Reflexão a partir da leitura dos textos indicados

As atividades de teatro e exercícios corporais, que foram desenvolvidas em sala de aula, após a aula presencial no pólo, observei que as mesmas, agem diretamente na formação dos nossos alunos, é uma marca que levarão para a sua vida inteira quando bem desenvolvida. Seria muito interessante que fossem integras nas outras disciplinas, certamente as avaliações seriam bem melhores e produtivas. Desenvolvendo sempre a criatividade, o imaginário, o lúdico, a expressão espontânea ou imitação, do nosso aluno e de nós mesmos, teremos respostas positivas, procurando desenvolver um ensino tradicional que nos é imposto, em uma dramatização da rotina da vida, tirando disto experiência e aprendizado.
Os exercícios propostos em sala de aula, despertam e educam, fazendo o aluno a trabalhar com sua imaginação e espírito criador, estimulando a auto-expressão, desenvolvendo a linguagem oral e gestual, ao mesmo tempo, que usa o corpo como forma de expressão.
Ao mesmo tempo, que as atividades que envolvem o esquema corporal, reflexão física e mental, dão uma nova visão de ensino e aprendizagem.Levam o aluno ao imaginário, viajando em suas fantasias, assumindo papéis importantes para o seu aprendizado, e sua vida real.

“Improvisação para o teatro”

“Todas as pessoas são capazes de atuar no palco. Todas as pessoas são capazes de improvisar. As pessoas que desejarem são capazes de jogar e aprender a ter valor no palco.”Viola Spolin
O que tirei do texto para aplicar em meus alunos, e seguir trabalhando com o que já vinha realizando, foi a maneira de permitir ao aluno, o envolvimento total, sem cobranças ou pressa no desenvolvimento, pois cada aluno tem seu tempo e modo e temos que respeitar, o mesmo deve mostrar o que está fazendo através dos gestos,e o corpo como forma de expressão. Manter um ambiente de trabalho sadio e prazeroso, com crescimento natural dos trabalhos, sem imposições, ajudando o aluno a sentir-se a vontade, sem inibições, valorizar as auto descobertas e a carga de aprendizagem que o aluno trás de sua vida no cotidiano. Procuro trabalhar com muitos livros diversificados, temos uma pequena biblioteca na sala de aula, onde o aluno pode realizar leituras no intervalo de alguma atividade. Minhas aulas muitas vezes são alteradas, pois aquilo que planejei para o dia não condiz com a realidade daquele momento, mudamos em conjunto com os alunos a maneira de como vamos trabalhar, é um pouco difícil mas tem dado certo. Sempre que possível realizo atividades alegres e criativas, sem imposições, jogo aberto, acredito que agindo assim todos ganham com o processo de ensinar e aprender.

“Formas de abordagem dramática na escola”


Conforme o texto de Ana Carolina Müller Fuchs:“O teatro no contexto escolar, possui diversas abordagens que se modificam conforme a transformação da própria educação” Usei junto com os alunos, um conjunto de improvisações que visavam fazer o autor, neste caso aluno, se aproximar do universo do texto , construímos juntamente, um personagem com as indicações que o professor apresenta no texto desenvolvido em sala de aula, capaz de traduzir em expressão física, emocional e mental as ações do personagem para construir um teatro. A empolgação da turma em realizar a seqüência de gestos e em acompanhar o teatro, sabendo assim trabalhar em equipe e desenvolver esta brincadeira foi considerada satisfatória..

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Síntese do Filme Doze homens e uma sentença.


As evidências e argumentações são inúmeras no filme ocorrem, diariamente em nossa vida profissional e pessoal, somos seres com pré-conceitos estabelecidos e formadores de juízos errôneos. Julgamos com muita facilidade. Com nossos alunos, geralmente não ouvimos as argumentações, e condenamos de imediato e é assim, com toda sociedade em geral. Nas escolas, vilas, existem violências de todo o gênero, contra todos da família, mas como Davis argumenta:” é muito frágil este argumento para acusar o réu. “Temos que ver as evidências do caso em si”. Propiciar um espaço coletivo, com ética, valores, cidadania, responsabilidade, muito diálogo, justiça e igualdade. O ser humano está sempre julgando o semelhante, não dialogam, ou refletem, sobre o ocorrido, vão logo sentenciando, sem ao menos dar chance do outro argumentar sua defesa. Como é fácil, condenar, sem refletir ou realmente constatar se tudo que foi levantado é realmente verdade, ou é, porque alguém nos falou, dizendo que era. O júri tinha provas para a condenação, testemunhas, objetos, muitas evidências, e argumentos. Mas uma pessoa, com um pensamento diferente levou as outras a constatarem outras evidências que não foram apresentadas. Tornando as mesmas um instrumento de absolvição do réu. È impressionante a maneira de como doze homens com diferentes modo de pensamento, preconceituosos, e que não se conheciam, tenham em suas mãos o poder de condenar ou inocentar um semelhante.Nós estamos nas mãos da justiça,onde cada um vive dentro de um contexto social, familiar, profissional...mas que não deveriam influenciar de maneira alguma na decisão de um julgamento.O filme mostra também os fatores críticos envolvidos no processo decisório, evidenciando como as pessoas trazem para o grupo e para a tomada de decisão seus padrões, condicionamentos e história de vida, evidencia as diferenças individuais que levam as pessoas a, análise de um mesmo fato, visualizarem ângulos e verdades diferentes.A maioria das pessoas julga pelas evidências. Não buscam a raiz dos problemas por comodidade ou medo. As vezes não temos coragem de lutar e expor nosso pensamento, temos medo de colocar nossas dúvidas e incertezas e passarmos por pessoas, “diferentes”, do grande grupo. Isso pode acontecer na escola também. Temos receio que nos vejam como pessoas antipáticas e acabamos concordando porque é mais fácil. Quantos de nós temos colegas professores, que no grande grupo, não tem coragem de expor seu pensamento com medo de crítica? É um ato de coragem se expor e lutar por algo em que se acredita.Finalizando, notamos a importância de nos opor em defesa de quem acreditamos e no que acreditamos, nós podemos fazer a diferença na hora “H”, afinal, trabalhamos com seres humanos, precisamos sempre ter argumentos razoáveis em prol dos outros e de nós mesmos.