domingo, 14 de junho de 2009
APRENDER
\"Michel Serres fala que para podermos aprender, é necessário se deslocar de nosso lugar seguro e entregar-se a possibilidade de um outro lugar. É necessário partir para aprender. “Partir exige um dilaceramento que arranca uma parte do corpo à parte que permanece ligada à margem de nascimento, à proximidade de parentesco, à casa e aos costumes próprios do meio, à cultura da língua e à rigidez dos hábitos” (idem, p. 23). Na aprendizagem é preciso recusar-se um pouco de si, se entregando ao conhecimento do outro, à possibilidade do movimento de outrar-se para voltar a si . Não se aprende na passividade, só na atividade, se exige esforço, desejo, necessidade. Para viajar, necessitamos determinação e ser afetado pela viagem. Como diz Serres, “quem não se mexe não aprende nada”.
Muitas vezes temos que nos munir de muita garra, coragem e percistências no processo de ensinar e aprender.
No cotidiano escolar nos deparamos com inúmeras experiências que nos servem como aprendizagens, para ensinar e aprender. Acredito que é sendo flexível diante das mudanças.Ter flexibilidade é abraçar as circunstâncias da vida e o fluxo das mudanças; saber conscientemente quando as coisas não estão seguindo o caminho ansiosamente esperado e planejado e sabiamente mudar de curso. É saber também que existem inúmeros pontos de vista em uma determinada discussão e infindáveis formas de se enxergar uma mesma realidade.
Michel Serres cita:\"Nessa viagem/aprendizagem, aluno e professor se transformam na convivência, mas essa transformação só pode ocorrer se ambos permitirem aprender, ou seja, que nessa viagem seja permitido um perturbar o outro, desencadeando transformações que só poderão ser pensadas a partir de seus efeitos, ou seja, não podem ser planejadas com antecedência. Nesse sentido, na rede de conversação construída na vivência da educação, está presente um emocionar nas relações presentes.\"
A aprendizagem acontece por meio da conduta ativa do aluno, que aprende quando faz alguma coisa e não simplesmente por ver o professor fazendo, e os dois se permitindo adquirir aprendizagens mútuas.
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Desenvolvimento Moral
“Jean Piaget, a partir de observações minuciosas de seus próprios filhos e de várias outras crianças concluiu que estas, ao contrário do que se pensava na época, não pensam como os adultos: certas habilidades ainda não foram desenvolvidas.”
Para ele, os valores morais são construídos a partir da interação do sujeito com os diversos ambientes sociais e será durante a convivência diária, principalmente com o adulto, que ela irá construir seus valores, princípios e normas morais. Assim sendo, podemos concluir que esse processo requer tempo.
Para que estas interações aconteçam, há a ocorrência de processos de organização interna e adaptação e essa ocorre na interação de processos denominados assimilação e acomodação.
quinta-feira, 4 de junho de 2009
CONSTRUÇÃO DE UM MAPA CONCEITUAL
A aula presencial da interdisciplina, Psicologia II, do dia 2/6, foi muito rica e possibilitou a organização, a representação através dos mapas conceituais, e aconstrução de novos conhecimentos na interação com os colegas do PEAD. Nessa aula, trabalhamos em conjunto com a interdisciplina Seminário Integrador, no estudo e elaboração de mapas conceituais, uma ferramenta para organizar e representar o conhecimento, onde os conceitos aparecem dentro das caixas, seguidos pelas flechas e verbos de ligação que une os conceitos, completando a linha de pensamento.
Para a elaboração dos mapas, trabalhamos em pequenos grupos onde relacionamos alguns conceitos da teoria piagetiana tais como: ação, acomodação, adaptação, aprendizagem, classificação, assimilação, conservação, construção, desenvolvimento, equilibração, esquema, estádio, estrutura, inteligência, interação, operação, operatório concreto, operatório formal, representação, pré-operatório, reversibilidade, sensório motor, seriação e transformação.
Os mapas foram construídos pelos grupos que levaram para a aula, alguns materiais para o trabalho nessa aula, como, canetinha, tesoura, régua, lápis de escrever, lápis de cor etc. e o mesmo trabalho, apresentados na aula presencial.
“O mapa conceitual, baseado na teoria da aprendizagem significativa de Ausubel [2000],é uma representação gráfica em duas dimensões de um conjunto de conceitos construídos de tal formaque as relações entre eles sejam evidentes. Os conceitos aparecem dentro de caixas nos nós do grafoenquanto que as relações entre os conceitos são especificadas através de frases de ligação nos arcosque unem os conceitos. A dois ou mais conceitos, conectados por frases de ligação criando umaunidade semântica, chamamos de proposição. As proposições são uma característica particular dosmapas conceituais se comparados a outros grafos similares como os mapas mentais. De acordo comNovak [1984] o eixo vertical expressa um modelo hierárquico para os conceitos onde os mais gerais ouinclusivos aparecem na parte superior e os mais específicos nas partes inferiores. Safayeni [Safayeni etal, 2003], contudo, advoga que os mapas conceituais cíclicos, ou seja, não hierárquicos, podem ser maiseficazes para uma representação mais dinâmica do conhecimento permitindo uma maior possibilidadeconfigurações de um mapa conceitual, tanto na sua topologia como no tipo de frases de ligação.”
Fonte(s):
Ítalo Dutra, Léa Fagundes, Alberto Cañas. Mapas Conceituais
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Os indios no Brasil
Os povos indígenas brasileiros de hoje são os sobreviventes e resistentes da história de colonização européia, estão em franca recuperação do orgulho e da auto-estima identitária e, como desafio, buscam consolidar um espaço digno na história e na vida multicultural do país.
Para muitos brasileiros brancos, a denominação tem sentido pejorativo, resultado de todo o processo histórico de descriminação e preconceito contra os povos nativos da região. Para eles, o índio representa um ser sem civilização, sem cultura. Incapaz, selvagem, preguiçoso, traiçoeiro. Para outros ainda, o índio é um ser romântico, protetor das florestas, símbolo da pureza, quase um ser como o das lendas e dos romances.
É necessário reconhecer, valorizar e respeitar a identidade étnica específica de cada uma das sociedades indígenas em particular, compreender suas línguas, sua cultura, e suas formas tradicionais de organização social, de ocupação da terra e de uso dos recursos naturais. Isto significa o respeito pelos direitos coletivos especiais de cada uma delas e a busca do convívio pacífico, por meio de um intercâmbio cultural, com as diferentes etnias.
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