domingo, 18 de abril de 2010

Reflexão da Primeira Semana: 12/04/2010 à 16/04/2010.


Nesta primeira semana foi proposto mais um dos desafios enfrentados como educadora. O Diretor da E.E.E.F.Ayrton Senna da Silva - Escola Aberta sugeriu um trabalho diferenciado do tradicional, com duas turmas da Fórmula dois, F2. Terei que realizar um trabalho de resgate, através da realidade das crianças e dos adolescentes que vivem em situação de vulnerabilidade social, sofrendo todo o tipo de violência, descriminação, abusos, abandono. Essas crianças não estão nesta situação de vulnerabilidade por que querem. Estão porque não encontram em casa o que precisam, isso quando têm casa e família. Este é um dos objetivos da escola funcionar em um prédio, que é uma casa. Com todos esses fatos acontecendo a escola fica em segundo plano na vida destas crianças, pois não conseguem ter concentração, ou aprender quase nada, o que os leva a repetência, ao desânimo para estudar e, consequentemente, a evasão escolar. Neste momento, o Diretor da escola quer que eu entre para fazer a diferença na vida desta criança, realizando um trabalho no horário das 11 horas da manhã até as 15 horas quando os mesmos retornam para suas casas ou abrigos. Neste horário das onze horas inicia-se a higiêne pessoal, almoço e relaxação, que segundo o Diretor é de extrema importância a orientação do aluno nestes horàrios. Por exemplo: Por que lavar as mãos antes do almoço? Como mastigar os alimentos? Por que temos que comer verduras e frutas e outras...
Citando Paulo Freire, “Os oprimidos”, que reconhece a potencialidade do aluno, mesmo aquele que se encontra em situação de risco como é o caso da escola onde realizo meu estágio. Freire acredita que a educação não deve ficar somente dentro das salas de aula, mas sim deve sair dos seus espaços e ir ao resgate deste aluno onde quer que ele esteja, sala de aula, rua, em casa, abrigos, ou em outro local
Referências
Freire, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro, Paz e Terra. 1983.
Freire, Paulo. Educação como prática da Liberdade. Rio de Janeiro.

2 comentários:

Anice - Tutora PEAD disse...

Olá, Ivete!

O desafio é bem grande, mas ao mesmo tempo motivante. A vida já não é fácil para todo mundo e para estes alunos, menos ainda.

Criar (e não apenas recriar) e estimular um vínculo com eles e entre eles é essencial para que o ambiente seja acolhedor fortificado com limites e afeto.

Grande abraço, Anice.

Ivete Adelina Pinheiro disse...

Com certeza Anice.
Um abração